sexta-feira, 15 de novembro de 2019

MINHA EMPRESA É MEU MAIOR CONCORRENTE




No plano empresarial e profissional, todos querem um lugar ao sol e as vezes até consegue o lugar, mas, para se manter no sol, deve entrar numa concorrência acirrada para manter seu lugar.

Concorrência pode ter vários significados e conceitos, desde competição onde requer lutas e batalhas; ou a qual vê o concorrente como um entrave e inimigo ou até mesmo um conceito de simultâneo, que é o que acontece ao mesmo tempo que outra coisa e normalmente com o intuito de buscar o mesmo resultado.

Neste ponto, trataremos com dois tipos de concorrente, interno e externo.

Falando sobre autoescola, Centro de Formação de Condutores – CFC, temos um ramo econômico de produto homogêneo, ou seja, a autoescola tem sua atividade principal a prestação de serviços educacionais. Então, em tese, não há diferenciação na atividade exercida pelas autoescolas.

Neste ponto, entre as autoescolas, temos o fenômeno de concorrência perfeita. Concorrência Perfeita se aplica quando encontramos uma situação limite em que nenhuma empresa ou nenhum consumidor detêm o poder suficiente de influenciar o preço de mercado.

Assim, a concorrência perfeita necessita de determinadas condições para concretizar, como por exemplo:

·         a) ambiente onde grande número de empresas produzem exatamente o mesmo produto ou serviço, empregando custos e meios de produção similares;

·         b) existência de um grande número de consumidores, todos tendo as mesmas informações sobre condições, preços e ofertas existentes no mercado;

·            c)  ocorrência de similaridade entre os produtos oferecidos no mercado;

·        d) inexistência de barreiras à entrada ou à saída de empresas no mercado em questão.

Portanto, com a configuração acima, as autoescolas fazem parte da estrutura de mercado onde há a concorrência perfeita.

Pois bem, sabedores disso, e voltando ao tema proposto, Minha Empresa é meu maior Concorrente, iremos tratar do concorrente interno, mas antes, falaremos do concorrente externo que por fim, inevitavelmente caminhará ao interno.

Como as autoescolas prestam um serviço homogêneo, ou seja, não há uma diferenciação do serviço prestado ao consumidor, que é aulas (teórica e prática), devemos traçar meios que possamos melhorar nossos serviços em relação ao meu concorrente.

No ramo de autoescola, muitas das vezes os donos de CFCs tem a amizade de "marias", ou seja,  não se veem como concorrentes direto e nem se tem a noção de que a outra autoescola possa ser um meio dele elevar seus lucros e ganhar mais clientes. Mas, como estamos num mercado de negócios, amizade fica pra outro momento, aqui o "bagulho é doido", senão o "bicho te pega e come".

Quem são meus concorrentes?

Primeiro é bom saber que existem vários tipos de concorrentes. Assim temos o concorrente direto, que são as outras empresas que prestam o mesmo serviço que o meu, ou seja, as outras autoescolas; e ainda podemos enumerar o concorrente indireto, que seria o cliente do seu concorrente, que fará o marketing “boca-boca” em detrimento da sua empresa e ainda podemos tratar dos concorrentes substitutos, que são aqueles que foram seus clientes e tomaram a disposição de fazer um marketing negativo em relação a sua empresa por conta de algum erro ou falha na execução do seu serviço, no postura da minha empresa.

Portanto, tenho 3 (três) concorrentes externos quais sejam:
* o concorrente Direto – a outra empresa (autoescola);
* o concorrente indireto – o cliente de seu concorrente;
* o substituto, que são seus ex clientes.

Bom, trabalhar o marketing sobre a concorrente direta é mais fácil, haja vista que você poderá saber sobre eles nas redes sociais, nas promoções por eles propagadas, na qualidade do serviço prestado, nos colaboradores contratados, na estrutura física ofertada a seus consumidores, os veículos, etc. e este conhecimento prévio é de suma importância para planejar seu negócio, seu marketing e sua posição no mercado, sua postura profissional, entre outros meios e modos de se posicionar profissionalmente e empresariamente.

Assim, por termos um público consumidor bastante diversificado, automatizado e heterogêneo, precisamos se adaptar e se atualizar para não perder o lugar ao sol. Lembra?

Os consumidores estão em constante processo de modificação em seus desejos e valores e suas expectativas de compra mudam quase que automático. Basta uma pequena noticia nas redes sociais, por exemplo, a ouvirem que certa taxa irá aumentar e isso terá impacto imediato no preço do produto ou então, quando ouve uma notícia ou uma sugestão de que está no momento propício para entrar num processo de habilitação, outro exemplo, um concurso público onde será requerido a CNH.

Pois bem, depois de tratarmos superficialmente sobre o concorrente direto, falaremos sobre o concorrente indireto, que é o cliente do concorrente direto. Este tem um poder enorme de marketing direto, o chamado “boca-boca” e sobre este concorrente, é quase impossível frear sua propositura e narrativa sobre o concorrente direto, somente seu cliente poderá em contrapartida ir diretamente a fonte ou no lugar onde o concorrente indireto propagou as informações sobre seu concorrente; ou sua empresa poderá, por meio de um bom marketing, com uma boa estrutura mostrar o contrário. Enfim, este concorrente dá mais trabalho pra desconstituir sua narrativa e precisamos de ferramentas atualizadas para inferir algo e demonstrar uma propositura confiante a seus consumidores.

E por último, temos o concorrente substituto, que é seu cliente, que de alguma forma subverteu-se, tomou a forma de "ex cliente" e passou a propagar os pontos negativos de sua empresa numa maneira de evitar que outros passam pelo mesmo que ele passou. Este concorrente é aquele que está numa disputa, está ferido e quer vingança. E por conta dele, iremos seguir para a concorrência interna. Pois, um cliente, subverter-se por conta de um erro, uma falha na execução da prestação do seus serviços, é coisa pra se pensar e reparar rapidamente. Se o empresário fechar os olhos pra isso, a saída do lugar ao sol será tão rápido quanto sua entrada no mercado.

Os Concorrentes Internos.

Segundo o José Eustachio é Chief Executive Officer (CEO) da Talent, “As empresas são imperfeitas por natureza, afinal elas são feitas por pessoas, e pessoas são movidas por sentimentos. Em toda organização sempre existem disputas, ambições, vaidades, inseguranças, um cenário que pode comprometer seriamente a performance do negócio.”

Ora, uma autoescola não é diferente. Temos instrutores, diretores, o empresário, a recepcionista, fornecedores. A autoescola tem uma estrutura bastante complexa de prestar um serviço.

Temos a seção de ensino teórico, onde há o instrutor que ficará em sala de aula com seu cliente passando a imagem da empresa em cada palavra e movimentos durante 45 hs, temos a seção de ensino prático, onde os instrutores ficarão 15 hs, 20 hs ou mais  horas com seu cliente dentro de um veículo (tratando de automóveis e veículo de grande porte) e novamente passando a imagem de sua empresa pra seu cliente e ainda temos a direção pedagógica (diretor de ensino) que tema a incumbência de monitorar os atos desse profissional em sala de aula e fora dela para que nada saia do planejamento. Ainda há a pessoa do empresário, a recepção, a secretária, a diarista. Se cada seção dessas ou pessoa não for trabalhada pra ser um divulgador da empresa, um marketeiro, ela automaticamente se tornará em um concorrente da própria empresa, com palavras, gestos e ações.

Quantos alunos não saem de alguma autoescola aborrecido com postura do instrutor, da recepcionista, do diretor, entram com ações na justiça, fazem denúncia ao órgão de seu credenciamento por conta da concorrência interna.

A falta de ética e compromisso da autoescola com o seu público ou seu cliente é o que produz o concorrente substituto por conta da concorrência interna. As vezes brigas, invejas ou intolerâncias dos profissionais ocasionam isso, não veem os alunos como clientes e consumidores.

Recentemente numa autoescola de Vitória/ES, o aluno chegou para iniciar as aulas práticas e chegando junto ao veículo perguntou se aquele instrutor era fulano. O instrutor respondeu que sim, e então, o aluno abriu a porta traseira e jogou a mochila no banco traseiro e o instrutor viu isso como um descaso, um desleixo e uma falta de respeito. Conclusão, Não aconteceu a aula, houve um bate-boca e xingamentos, o aluno gravou o descontrole do instrutor e, posteriormente o aluno foi na autoescola pedir pra mudar de aluno. Na verdade, no final do processo, este aluno irá na corregedoria do órgão ou entrar com ação na justiça por reparação de danos morais.

Veja bem, o profissional, que representa a empresa, não tem sangue de barata e é uma pessoa. Mas, ainda que ele não tenha o sangue de barata, ele tem que fingir ser uma. claro, até que a contra parte, passe pra uma agressão física ou verbal, mesmo assim, o profissional deve ter total controle sobre suas ações, palavras e gestos. a priori, ele sempre estará errado até que se prove o contrário.

Como assegurar meu lugar ao sol?

Uma autoescola, tem como fim a prestação de serviço educacional e se for olhar, todas estão no mesmo barco. Mas o que poderá ser diferenciado da minha empresa para meu concorrente direto?

Ora, as autoescolas estão em busca do mesmo objetivo usando as mesmas ferramentas, mas o que fazer pra diferenciar minha autoescola da concorrência para que eu me mantenha no mercado e a cada dia progrida mais ainda?

Isso falaremos em outro momento.

Para Palestras e Treinamentos 

Fontes:
https://www.infoescola.com/economia/concorrencia-perfeita/

Livro indicado - Sistemas de Informações em Marketing -  Elizeu Barroso Alvez

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