quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

APRENDENDO A APRENDER A PILOTAR

Aulas prática para condutor de Primeira Habilitação na categoria A – motocicleta 



A moto é conhecida pela sua praticidade, deslocamento rápido, não fica parada no trânsito por conta de engarrafamento e melhor de tudo, baixo custo de combustível, ainda mais nos dias atuais onde a “gasosa” está a preço de ouro, ou melhor de Dollar.

Com tantos atrativos, ter uma motocicleta não é só um sonho, mas uma necessidade de trabalho, emprego e economia no deslocamento.

No entanto, como bem sabemos, para pilotar, é necessário ser habilitado e ser habilitado na categoria “A”, ou seja, moto. E, para ser habilitado, é necessário procurar uma autoescola, que é uma empresa especializada e credenciada para tal e, dar inicio a um processo de ensino-aprendizagem para “aprender” a conduzir o veículo para um exame.

Ocorre que, por conta da modernidade tecnológica, temos assistido o índice crescente de acidentes com aluno aprendendo a pilotar uma motocicleta.

Numa busca rápida pelo Google podemos assistir vários assuntos relacionados, e, assistindo vídeos no Youtube, outros tantos vídeos de instrutores ensinado e de alunos caindo.

Não vamos longe, recentemente, no Estado do Espírito Santo, na cidade de Vila Velha, teve em pouco mais de 20 dias varias quedas de alunos de primeira habilitação caindo e se machucando gravemente. Em duas ocasiões, os candidatos saíram da área de aula, dentro de uma ambulância de urgência do SAMU e, ainda, em Toledo (SC), uma jovem faleceu ao cair da moto em uma aula.

Mas, o que está acontecendo? Porque tantas quedas, recentemente, mortes e acidentes graves em área de aula? Por qual motivo tal índice vem aumentando?

A questão é tanto pessoal quanto profissional.

As aulas de moto, a priori, preparam um aluno para um exame. Depois de feito o exame e aprovado, o então aluno e candidato, agora condutor Permissionado, desenvolverá as habilidades necessárias para se inserir e se adaptar ao trânsito, de forma gradual e paulatinamente, com cuidados indispensáveis à segurança e de sua proteção e sem a presença de um profissional.

No entanto, estamos assistindo um problema dentro da aprendizagem, ainda nas aulas, onde há um profissional que orienta, aconselha e usa técnicas de aprendizagem.

Temos que partir do principio que pilotar e aprender a pilotar uma motocicleta não corresponde a dirigir e aprender a dirigir um automóvel., isto é, um carro. Para aprender a dirigir um carro, temos o conforto, a segurança, o profissional ao lado, e ainda que o veículo esteja em movimento, a possibilidade de um dano, acidente ou uma queda, é quase zero.

Já na aula de moto não. Parte do principio que o aluno/candidato tem que ter no mínimo noções de equilíbrio, ou seja, já saber pelo menos andar de bicicleta, conforme alguns instrutores e donos de CFCs propagam.

Mas, não somente isso. Pilotar é uma conduta de risco. O candidato/aluno precisa ter essa consciência. Para tanto, com tal consciência, precisa ter todo cuidado necessário para aprender e se submeter aos cuidados do profissional instrutor de trânsito.

O profissional por sua vez, precisa ter a sensibilidade para detectar algumas falhas de conduta e de equilíbrio do candidato.

Instrutor não pode se dar ao luxo de lançar um candidato para cima da moto, dar-lhe algumas orientações e sair de perto. Como dissesse: Em Deus confio.  Por assim dizer, o relacionamento instrutor e aluno, deve ser de inteira confiança, submissão e respeito.

Ainda há outro erro, com a legitimidade dos DETRANs em que muitas autoescolas pelo país tem a permissão de apenas um instrutor de trânsito dar aula para dois alunos, em duas motos diferentes, e ao mesmo tempo e isso, gera um ensino defeituoso muitas das vezes.

Sem contar o baixo custo que é para tirar uma categoria “A”. Na maioria das autoescolas do Brasil, a categoria de moto é usada como brinde para o cliente comprar os serviços do CFC.

Enfim, não importando se o candidato quer ou não aprender a pilotar, se ele tem os trejeitos para isso ou se ele tem noções de equilíbrio, ou se há a necessidade para tanto.

A questão é: senão mudar normas, formas e o modelo existente de orientar o aluno no processo de aprendizagem neste aspecto, ainda veremos muitas quedas em aulas, e infelizmente, chegando ao extremo de casos de mortes.




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