segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O INSTRUTOR DE TRÂNSITO E A RESPONSABILIDADE DE AVALIAR O ALUNO



O INICIO

Segundo a Resolução do Contran - 358/10 - o instrutor de trânsito tem entre outras atribuições, a responsabilidade de "avaliar se o candidato está apto a prestar exame de direção veicular após o cumprimento da carga horária estabelecida."

A Priori, devemos entender que o profissional instrutor de trânsito deve estar apto para avaliar e à principio, entende-se que esteja. O Instrutor de trânsito precisa dominar as regras de avaliação, mensuração e medidas para estar inteiramente capacitado para avaliar o candidato à Primeira Habilitação e dá o diagnóstico - apto / não apto - para realização do exame prático de direção veicular.

O PROBLEMA

O instrutor de Trânsito trabalha com informação e sua ferramenta de trabalho é o conhecimento. Onde precisa estar vinculado a sua didática e técnicas pedagógicas, que muitas vezes se perdem ou não se adquirem por negligencia do próprio profissional ou por falta de atualização ou motivação do próprio CFC, da categoria profissional ou de quem lhe deva orientar, acompanhar ou assessorar (diretor de ensino) ou até mesmo de quem lhe deva fiscalizar e motiva-lo a atualizar seus conhecimentos (Detran)

Ainda podemos falar da motivação do aluno, de seus interesses, de suas características de aprendizagem e seus medos e fobias relacionado a aprendizagem e ao novo conhecimentos prático e teórico e ainda há o fato de um candidato optar ou não em aceitar as orientações do instrutor para fazer ou não o exame, fazer ou não mais aulas.

A QUESTÃO

Sendo o instrutor o responsável direto pela formação do candidato e que em suas atribuições, lhe cabe avaliar se o candidato está apto a prestar exame de direção veicular após o cumprimento da carga horária estabelecida é necessário que haja uma interação entre os envolvidos para que o ensino-aprendizagem seja satisfatório e os resultados sejam o esperado por quem tem o dever de instruir e por quem espera ser instruído.

O DILEMA

Ao mesmo tempo em que a Resolução 358/10 do Contran prima pela educação e o ensino, competindo a cada CFC credenciado:

I - ...;

II - buscar a caracterização do CFC como uma unidade de ensino, atendendo integralmente aos padrões estabelecidos pela legislação vigente quanto às instalações físicas, recursos humanos e didáticos, identidade visual, sistema operacional, equipamentos e veículos; (art. 10)

em contra partida requer índices de aprovação para constatação da qualidade e pune caso este índice não seja alcançado:

Art. 11. Para a renovação do credenciamento, o CFC deverá apresentar índices de aprovação de seus candidatos de, no mínimo, 60% (sessenta por cento) nos exames teóricos e práticos, respectivamente, referentes aos 12 (doze) meses anteriores ao mês da renovação do credenciamento.  

OS RESPONSÁVEIS

Quem são os responsáveis pela baixa no rendimento dos candidatos à Primeira Habilitação?

Em parte do aluno. Mau costumes, indisciplinados, negligentes e até arrogantes em relação ao ensino do instrutor de trânsito, pensando que já sabem o que ainda não entendem.

Outra parte do bolo fica com os examinadores de trânsito, grande parte não sabem avaliar, não sabem examinar e não sabem distinguir  conhecimentos e habilidades adquiridos pelos alunos no curso para primeira habilitação - diga-se de passagem, curso básico - contrário experiencia de um motorista habilitado.

Muitas vezes querem que um alunos de primeira habilitação saia de 25 aulas para prestar um exame com a experiencia de um motorista perito na direção.

Ainda podemos dividir este bolo com os órgãos que deveriam, segundo a legislação oferecer treinamento, atualizações e reciclagem para os profissionais e não fazem e quando fazem não atinge o objetivo.

Há ainda um personagem muito importante neste processo de colaboração para alteração de resultados e ensino dentro do Centro de Formação de Condutores que é o Diretor de ensino.

O diretor de ensino é o responsável pelas atividades escolares da instituição. Ele é o pedagogo do CFC; é o coordenador pedagógico; é aquele que segundo a Resolução 358/10 irá "orientar os instrutores no emprego de métodos, técnicas e procedimentos didático-pedagógicos, dedicando-se à permanente melhoria do ensino;" e irá acompanhar, controlar e avaliar as atividades dos instrutores a fim de assegurar a eficiência do ensino;

Veja que este que exerce a função de Diretor de ensino deve ter pleno conhecimentos da área educacional. Pois deverá orientar o instrutor no emprego de métodos, técnicas e procedimentos didático-pedagógicos e acompanhar, controlar e avaliar as atividades de ensino dos instrutores para melhoria do ensino.

E por fim, cabe uma parte deste bolo ao instrutor de trânsito, que muitas vezes não quer desenvolver profissionalmente, não pensa num auto-gerenciamento da carreira e nem se preocupa com o ensino.

O QUE FAZER SOBRE A AVALIAÇÃO DO ALUNO CANDIDATO À PRIMEIRA HABILITAÇÃO EM RELAÇÃO AO ENSINO E A PORCENTAGEM?

O primeira passo é saber fazer. Como fazer. Quando fazer.

Saber avaliar. 

Será que sei avaliar se um aluno está apto ou não para realizar o exame? Como sei disso? Tenho dados objetivos ou apenas conjecturas?

Respondendo estas questões, saberei o caminho que devo tomar. Para avaliar é preciso saber o que será avaliado e como avaliar.

Como avaliar.

Há de considerar que muitos, até mesmo quem deveria orientar os métodos, as técnicas e os procedimentos didático-pedagógicos não sabem como fazer.
Então preciso estudar, conhecer as regras de mensuração, contratar um consultor da área, se especializar, enfim, há de agir.

Quando avaliar?

a avaliação poderá ocorrer a todo tempo em que o aluno está em treinamento. no entanto, a avaliação final é de suma importância,  deve haver, dados técnicos e concisos para que o aluno entenda que há a necessidade de fazer mais aulas ou não.

Passar confiança nos dois casos com informações claras e objetivas para que não haja dúvidas  sobre o parecer do profissional.

Enfim, ainda assim, temos que contar com a compreensão do aluno que ali há um profissional ético  que está a procura de melhoramento de seu aprendizado.



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