Vivemos na cultura do aqui é agora. É tudo muito FAST. É tudo muito QUICK. É tudo sempre SPEEDY.
Assumimos a identidade do nosso vizinho e gostamos.
Rapidez não é somente na caminhada matinal, no Cooper do atleta ou no almoço do trabalhador, que precisa ser ligeiro ou pra ir em bancos pagar conta ou "tirar" o famoso cochilo do almoço, que é entre a "peãozada", um ato quase sagrado.
Rapidez faz parte da cultura capitalista; onde tudo é muito corrido. Bolsa de valores, entregas de encomendas, soluções de problemas, gestão de tempo, afinal de contas, tempo é dinheiro.
Essa cultura em que a sociedade vive e aceita naturalmente, levou aos mais diversos riscos imediatos e outros mediatos, tais como as doenças crônicas relacionadas ao estresse, obesidade, depressão, sentimento de inferioridade, enfim, doenças psicossomáticas diversas e até mesmo as doenças de cunho comportamental.
As mazelas do comportamento, levou o homem moderno a pensar que velocidade faz parte dele. É preciso correr pra sobreviver!!
Quando ouço os Engenheiros do Havaii cantando "Cento e dez, cento e vinte, cento e sessenta, só pra ver até quando o motor aguenta." A sensação efêmera de controle, que no final da poesia diz que restou apenas "a sombra do sorriso que deixei... numa das curvas da highway." Deixando a certeza que não irá mais voltar.
Na música, As Curvas de Santos, de Roberto Carlos diz que pra conhecê-lo deveria entrar no veículo e andar na estrada com ele e tal pessoa iria pensar que ele não gosta nem dele mesmo por conta da alta velocidade.
Essa velocidade é resultado de uma suposta solidão, isolamento ou até mesmo de uma depressão quando diz que:
"Só ando sozinho
E no meu caminho
O tempo é cada vez menor...
Preciso de ajuda!
Por favor me acuda!
Eu vivo muito só..."
E no meu caminho
O tempo é cada vez menor...
Preciso de ajuda!
Por favor me acuda!
Eu vivo muito só..."
Seu mundo, sua vida ou sua forma de viver é o motivo de sua velocidade, de seu isolamento, de sua solidão, o que faz com que ele acelere mais e mais
"Se acaso numa curva
Eu me lembro do meu mundo,
Eu piso mais fundo.
Corrijo num segundo.
Não posso parar!"
Eu me lembro do meu mundo,
Eu piso mais fundo.
Corrijo num segundo.
Não posso parar!"
Toda essa velocidade e aceitação do perigo, que são resultados de seu isolamento e solidão poderá ser modificado e então voltar a ser um homem feliz, curado e de um comportamento socialmente correto se o suposto vazio (amor) for preenchido novamente.
Mas se o amor que eu perdi,
Eu novamente encontrar...
As curvas se acabam
Eu novamente encontrar...
As curvas se acabam
A velocidade está associada a dois comportamentos:
O primeiro de poder e ter controle desse suposto poder.
O segundo de solidão e menosprezo da vida por razões variadas.
Tal cultura, que foi negligenciada anos a fio, pela engenharia automobilística, pela fiscalização do Estado e cultuada pelas músicas que incentivam a velocidade como se fosse o ápice da vida humana precisa ser urgentemente adequada a realidade.
ACIDENTES COM EXCESSO DE VELOCIDADE MATA OU DEIXA GRAVEMENTE LESIONADO
O primeiro de poder e ter controle desse suposto poder.
O segundo de solidão e menosprezo da vida por razões variadas.
Tal cultura, que foi negligenciada anos a fio, pela engenharia automobilística, pela fiscalização do Estado e cultuada pelas músicas que incentivam a velocidade como se fosse o ápice da vida humana precisa ser urgentemente adequada a realidade.
ACIDENTES COM EXCESSO DE VELOCIDADE MATA OU DEIXA GRAVEMENTE LESIONADO
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